Eu,
denso corpo, alma suposta
que se esfolha num tempo parvo.
Eu,
casulo imenso que suporta a eternidade
Eu,
futura saudade.
Não saio de mim antes do oficio acabar.
Não sou um eco que estala em tempos e em espaços
mobilando um castro com beijos
e outro com esteios
ambivalentes.
Eu,
sou um ramo de árvore folhosa
que merece respeito
depois da queda.
Eu vivo ainda!...
Theófilo de Amarante