Oh afã, que se esbate
sem posse de crescer.
Negra rosa taciturna
que mora no vão.
As minhas acções,
arrasto-as até quebrar.
Depois caio no macio
fátuo sangue que não pulsa.
Ah, Deus da água
que me abandonais,
com um ouvido ferido
um olho cego.
Boca sem vigor
que verte saudades.
Já não sei dos beijos
na minha pele seca.
Theófilo de Amarante