Imagino que para além do seu rebolo frémito,
da sua face tão caprichosa, no céu congénito.
Descubro o seu mais intimo segredo.
Terra azul, verde e ocre!...
Imagino que viajo na tua translação
entre o calor do sol e o bafo da lua.
Imagino que me abeiro de Vénus
cavalgando uma crista de montanha,
abrindo o capote de véus, o firmamento.
Entre a estrela da manhã e; do poente,
os fados do sul, as canções do norte.
Sigo contigo, até ao limite da nascente.
Terra revestida de sotaques plausíveis.
Pousa-me ao lado daquela fonte cristalina.
Onde deixei amansa, a minha guitarra.
Theófilo de Amarante